A história da humanidade é um longo caminho percorrido pela colectividade humana.
O período de confinamento de uma grande maioria da população mundial é um momento de reflexão societal, em todos os países…
Como vamos viver juntos amanhã?
Existe agora na breve história moderna da sociedade humana o ANTES e o DEPOIS Covid-19.
Nós podemos “nascer” várias vezes:
Após um acidente grave / um luto / uma perda de emprego / uma violação / uma acusação falsa mediatizada / uma operação de emergência muito complexa / um abandono escandaloso / um divórcio / ou após uma pandemia ansiogénica e mortífera…
O Covid-19 abalou todas as referências que os humanos tinham nas suas rotinas, o seu conforto, os seus lazeres, os seus caprichos de consumidores ávidos por ter tudo, e imediatamente …
Hoje, temos que reinventar nossa vida cotidiana, “re-nascer” e até inventar outro modelo de sociedade para amanhã. Quais pistas escolheremos? Amanhã começa hoje para fazer nascer novos comportamentos. É o tempo de mudar a nossa atitude individual e colectiva para viver MELHOR e gastar MENOS. É possível !
Chegou a hora de repensar a nossa interacção com a natureza, tão maltratada, suja por várias gerações por terráqueos que alguns climatologistas e/ou ambientalistas definem como:
- delinquência ecológica,
- a exploração abusiva das terras e dos mares,
- a poluição, descarada do ar, da água, do solo, dos alimentos, os motores da vida vegetal, animal e humana.
Chegou a hora de ter um olhar novo, simples e benevolente, para construir um mundo que valorize a escuta mútua, a solidariedade, a partilha dos bens e dos poderes, o deslumbramento face ao que é belo… em suma, viver a nossa condição humana sem ser um consumidor viciado, sem leme para sua vida…
Às vezes, as acções pequenas são as mais nobres… acompanhar aqueles que vão morrer… estar presente junto daqueles que precisam de cuidados (cuidados de todos os tipos). Cada pessoa é A vida, assim como a NOSSA vida pessoal…
UM DIA PARA A TERRA?
22 de abril de 1970
Milhares de cidadãos dos Estados Unidos da América, especialmente estudantes, saem às ruas para lançar o primeiro alerta mundial: a poluição, a exploração imprudente de recursos naturais estão nos antípodas dos cientistas da época… é urgente ter a preocupação com o futuro do planeta.
A notável – e notada – publicação do livro da bióloga Rachel Carson, Silent Spring (Primavera silenciosa), um alerta – o primeiro desta importância – traduzido para as principais línguas do mundo, dá origem a um movimento ambientalista que, com o decorrer dos anos, toma importância, peso, no pensamento de cidadãos de todos os países, a partir de um punhado de cientistas conscientes, na época. Gaylord Nelson, um político notavelmente lúcido, preocupado de forma apaixonada e recorrente com os problemas de conservação da natureza, toma a decisão histórica da sua vida: colocar o meio ambiente nas agendas políticas.
Naquela época, o objectivo era alcançar uma educação do cidadão em questões ambientais. Começa com um apelo a todos os líderes estudantis da América do Norte. Estudantes de 10.000 escolas secundárias e 2.000 faculdades saem às ruas das cidades dos Estados Unidos para exigir ações e medidas concretas para proteger o planeta antes… que seja muito tarde. Foi em 1970.
Mas, para além das manifestações nas ruas das grandes cidades, os cidadãos norte-americanos mobilizam-se para fazer pequenos gestos para o planeta: colecta de lixo, plantação de árvores, gestos que parecem insignificantes…
2009
As Nações Unidas reconhecem a necessidade de incluir no calendário mundial, um dia dedicado ao meio ambiente – O DIA DA TERRA – considerado um importante evento educacional a ser celebrado em todo o planeta.
Há anos que os estratos mais jovens da população se tornaram os militantes mais ativos na mobilização climática mundial.
Hoje em dia, equipas cada vez mais numerosas de pesquisadores demonstram que a pandemia de coronavírus está totalmente ligada à crise global do planeta. Trata-se, em realidade, de um problema crescente que carregamos connosco desde muito antes da década de 1970…
Estamos a alterar a estrutura química da atmosfera, o pH dos oceanos, reduzimos gravemente a biodiversidade, provocamos erosão ultra-rápida dos solos, poluímos os nossos edifícios, escolas, casas com amianto, etc. etc. desde há 50 anos.
A “natureza” é um sistema explorado injuriosamente por regras económicas contrárias às leis da Vida.
O Dia da Terra é comemorado todos os anos em 22 de abril
Este dia deve ser usado como uma oportunidade de reflexão e pedagogia sobre as atitudes e hábitos do ser humano. Mas, além da deliberação dos fóruns organizados por todos os lados, devemos mudar nossos hábitos rotineiros anti-ecológicos, repensar as nossas escolhas de consumo e, acima de tudo, corrigir as nossas atitudes de relações às vezes delinquentes para o planeta.
2020
50 anos após o “1º dia da Terra” organizado em 1970, o público começa a perceber que a natureza não é um sujeito (objecto), mas um sistema (organismo vivo) gerido por uma intervenção humana desajeitada, muitas vezes errónea e às vezes perversa que nos leva a dizer que a terra está abandonada para… um desastre.
A REVOLUÇÃO?
Alguns militantes entusiasmados apelam à revolução. Este é o caminho certo? Quais são as lições da história?
Em França, a primeira grande revolução (1789), foi iniciada para abolir os privilégios (da classe dirigente). Ainda hoje, muitas categorias de cidadãos beneficiam de privilégios diversos e variados em vários serviços da função pública e serviços estatizados ou semi-públicos…
- Em França, a 2ª revolução (Maio de 1968) surge como uma revolta contra as desigualdades socio-económicas e por uma liberdade de expressão ilimitada e sem tabus: “É proibido proibir”… que dá origem a uma civilização de emancipação dos costumes construída sobre o individualismo que permite e justifica a explosão de um desenvolvimento do consumo sem limites. Tudo é “consumível”, somos livres e sem regras, pois o que prevalece acima de tudo é a fórmula “eu e eu e eu e o meu-prazer” (“je-me-moi-mon plaisir”)…
- O mundialismo é a terceira revolução de outro tipo e outra dimensão. É uma questão de apagar todos os particularismos dos estados, regiões, especificidades culturais …
O objectivo é facilitar as trocas económicas mundiais orientadas, dirigidas e controladas por um cartel de poucas famílias, de alguns grupos financeiros que desejam impôr uma uniformidade global favorável a uma economia mundial mais lucrativa para os financeiros internacionais.
Essa 3ª revolução é fruto de uma “seita político-financeira” que concretiza o projeto do mundialismo sob falsas aparências de bem-estar para toda a humanidade.
O mundialismo é orquestrado por um pequeno grupo e será um novo fracasso pois bane o bem-viver juntos, a solidariedade activa de toda a sociedade civil, a partilha de poderes dos governantes e dos decisores.
A solidariedade apresentada nos discursos é apenas um slogan mediático. Nunca será materializada individualmente se não houver pedagogia adequada. Nunca será concretizada colectivamente se não houver apoio para organizações que trabalham de acordo com a ecologia integral.
∆ “Num tempo de engano universal,
dizer a verdade é um acto revolucionário. “George Orwell (1903-1950)
∆ “A melhor e a maior revolução começa
pela revolução de si mesmo “, Lanza Del Vasto (1901-1981)
O imposto pode ser um meio para uma mudança societal saudável? Chegou o tempo de exonerar de imposto o que é bom para o planeta e de sobretaxar o que é nocivo para o planeta…
- Por exemplo, seria necessário reduzir a carga tributária das empresas que desenvolvem actividades benéficas para o meio ambiente, investem na economia circular, na ecologia integral. Os agricultores biológicos, as empresas de reciclagem, de compostagem, os promotores de energias verdes, as actividades sociais de ajuda humanitária desinteressada, associações para ajudar as famílias pobres, os deficientes, os educadores com missão para uma educação ambiental de prevenção, todas as organizações que agem com coragem para compensar a ausência de uma estrutura governamental (nacional ou local), as municipalidades inovadores e grupos de cidadãos que valorizam territórios livres de poluição, todos merecem agradecimentos societais, incentivos públicos.
- Por outro lado, a governança dos estados deve ser muito incentivadora ao abandono de tudo o que é prejudicial ao planeta e à saúde da população, como pesticidas, detergentes poluentes, modelos de veículos a motor que consomem grandes quantidades de combustíveis de petróleo, o tabagismo em todas as suas formas, o fast-food iniciador de patologias de malnutrição, o junk food distribuído nas colectividades (açúcar, sal, corantes, aditivos … de todos os tipos) responsáveis por alergias, reações imunitárias perversas…
- Em vez de punir as empresas e reprimir os seus responsáveis, elas devem ser corrigidas por altos impostos, mostrando assim que o seu caminho escolhido é prejudicial para todos, para a saúde do meio ambiente (que deve ser limpo com altos custos) e para a saúde da população (gastos estonteantes para corrigir os efeitos perversos de poluentes de todos os tipos).
UM MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL
O pós COVID-19, precisa alterar o comportamento individual e colectivo. É possível, desde que exista um Ministério de Pedagogia Ambiental ACTIVO, liderado por administradores dedicados a incutir comportamentos sociais cívicos pertinentes.
- Consumir como crianças mimadas que exigem tudo e imediatamente é o oposto de educar cidadãos responsáveis.
- Comportar-se como conquistadores aos quais tudo é permitido para gozar individualmente de tudo o que é sugerido pela publicidade especializada para criar falsas necessidades (1) e/ou objectos ou serviços prejudiciais ao bem-estar da comunidade… deve parar para trazer felicidade à comunidade e a sobrevivência do planeta.
- Exigir sempre (e sempre mais) das administrações, dos governos, dos empresários sem dar nada em troca é irracional e irreal e leva ao colapso, um fracasso completo (2).
__________
-
- Produzir neve artificial para prolongar a temporada de ski ou compensar a falta de neve devido a mudanças climáticas, não é uma necessidade essencial para satisfazer alguns milhares de amadores (e a que custo!) como se não existissem outras actividades, outros lazeres a escolher ao longo de cada estação!
- Em 20 de janeiro de 1961, John Kennedy, o recém eleito presidente americano, proferiu um dos seus discursos mais famosos: “Não perguntem o que o vosso país pode fazer por vós, perguntem antes o que podem fazer pelo vosso país”. A fórmula teve sucesso em todo o mundo e surpreendeu todos os comentadores da época. Ela tornar-se-á o lema oficial de uma das instituições de maior prestígio da Universidade de Harvard, a Escola de Pós-Graduação em Administração Pública, fundada em 1936 e hoje conhecida como “John Fitzgerald Kennedy School of Government”, que recebe 1.100 estudantes americanos e estrangeiros todos os anos para aprender a governar o mundo, dirigir empresas, administrar ONGs numa abordagem livre de velhas ideologias.
__________
A transformação de um país, de um território só terá sucesso se todos participarem de maneira plena, concreta e activa.
A citação emprestada do Presidente Kennedy pode ser transposta para o nível de um município: o que cada cidadão faz para “bonificar”, “melhorar”, “aperfeiçoar” a vida colectiva de seu Município.
- Viver como consumidores que querem satisfazer todos os seus desejos e caprichos mais loucos (e mais inúteis), sempre exigindo os preços mais baixos, é recusar-se a ver que, por trás de cada objeto comprado, existe um ser humano (um homem, uma mulher, às vezes uma criança) que participou na sua fabricação e foi frequentemente explorado. Os mais virulentos (ou cáusticos) dos sindicalistas parecem “esquecer” este aspecto e até mesmo ignoram o conceito de comércio justo, seja o comércio Norte-Sul ou o comércio nacional ou local de produtos colocados no mercado em total indiferença quanto à sua fabricação, comercialização, valor, custo social e custo humano.
- Deixar de ter um comportamento diário que certos activistas ambientais descrevem como “delinquente”: depositar o lixo próximo a contentores de lixo públicos, fornecidos para esse fim, não fechar os colectores de resíduos, o que causa a proliferação de moscas e insectos promotores de contaminação colectiva, é uma situação que pode causar um custo muito alto no orçamento da saúde da comunidade.
- Permitir-se pela imprudência, poluição sonora diurna e, às vezes, nocturna, por veículos motorizados ruidosos, desprovidos – voluntariamente – de silenciadores regulamentares, para satisfazer seu próprio ego para impressionar amigos e amigas… será este é um “comportamento de viver bem juntos”?
- Deixar os motores de automóveis parados funcionar durante intermináveis discussões com vizinhos ou amigos ou durante intermináveis telefonemas: poluição sonora, poluição do ar, consumo de recursos petrolíferos poluentes e esgotáveis: uma atitude de negligência que diz respeito a todos nós e continua a afectar a qualidade do ambiente de todos.
- Demitir-se diante dos cães que ladram (dia e noite) enquanto o treinamento do cão ajuda a controlar esse incómodo. Todos têm direito a um ambiente de calma e de silêncio e noturno para descanso, bem-estar e saúde. Todo o dono de cachorro deve receber uma “educação do cidadão” que respeite a sua vizinhança. Os centros de idosos são particularmente vítimas deste tipo de incómodo generalizado.
- Reduzir o número e a intensidade luminosa dos candeeiros municipais que iluminam desnecessariamente as ruas das aldeias e das cidades, enquanto os habitantes estão em grande maioria diante da televisão e de maneira alguma estão nas ruas. A iluminação produzida por uma alta densidade de candeeiros é um custo de energia muito alto para cidades e aldeias e um mau gasto colectivo. Em alguns países, as cidades na vanguarda da ecologia prática, real e concreta reduziram o seu número de candeeiros e até eliminaram a iluminação nocturna após as 23h. Essas aldeias fazem da sua escolha municipal um argumento de “aldeia consciente respeituosa do ambiente”. Um exemplo a seguir!…
- Reparar as áreas deterioradas das estradas municipais o mais rápido possível. A falha no reparo de pavimentos pontilhados com “buracos” causa custos (às vezes altos) para os motoristas (pneus, suspensão, etc.). A negligência em intervir de pessoas responsáveis é mal aceite pelos motoristas que acabam acusando a negligência dos municípios, de conluio (conivência) com os donos das oficinas ou bate-chapas locais. A negligência de alguns cria a crítica dos outros… O que prejudica a harmonia da vida social de uma comunidade.
- O ensino da compostagem de todos os resíduos vegetais pode ser uma das primeiras iniciativas pedagógicas a serem planeadas em todas as cidades e municípios. Essa prioridade deve começar com o exemplo dos dirigentes. O projecto de compostagem, bem conduzido por uma equipa competente, deveria gerar receitas que excedam as despesas. Os múltiplos exemplos que existem em muitas regiões e em muitos países merecem ser multiplicados em um grande número de municípios.
- Desenvolver uma campanha de limpeza e higiene com todos os cidadãos em todas as partes da cidade, para que o slogan municipal seja rapidamente “Bem-vindo à cidade LIMPA de…: oferecemos um ambiente saudável para o seu bem-estar e sua estadia na nossa cidade”. As ruas, os passeios, os locais públicos (parques, paragens de autocarro, arredores de edifícios públicos, proximidade de escola, de piscina, de estádio…) invadidos de pontas de cigarro, sacos de sanduíches, garrafas de plástico ou latas de cerveja, papéis de “Totoloto”, embalagens de todos os tipos… resultantes de um comportamento inaceitável foram limpos pelos cidadãos (como na aldeia de Mawlinnong na India). Sem uma campanha educativa e permanente de longo prazo, nada mudará e as crianças continuam negligenciando a higiene colectiva como os adultos hoje.
- Diante da negligência coletiva do “saber-viver”, é essencial ensinar os “reflexos-cidadãos” que todos devemos ter para o “bem-viver juntos” da colectividade, como por exemplo, recolher um resíduo na rua e o colocar no caixote do lixo municipal mais próximo. É uma atitude responsável para a saúde ambiental de todos, que qualquer cidadão pode facilmente colocar em prática hoje.
- Como tornar uma cidade limpa? uma aldeia limpa? agradável a todos? É fácil, é simples… se cada morador fizer a sua parte! Cada habitante limpa em frente a sua casa e a parte da rua em frente a sua casa, até o limite da casa dos vizinhos à direita e à esquerda (como é tradicionalmente feito toda sexta-feira em muitas aldeias da Suíça) e como por mágica, toda a rua fica limpa, para o grande prazer de todos. Esta atitude é uma regra comportamental adoptada em certas regiões dos países europeus. A participação de todos os habitantes – cada um fazendo sua parte – tem a vantagem de reduzir o orçamento municipal dedicado à limpeza das ruas e à higiene dos espaços colectivos.
__________
O orçamento assim economizado e os recursos humanos podem ser transferidos para:
- A instalação de painéis pedagógicos de educação do cidadão nas praças e cruzamentos estratégicos da cidade, para sensibilizar os cidadãos sobre os vários temas prioritários, possibilitando uma mudança benéfica no comportamento dos habitantes. A cidade de Entroncamento mostra-nos um exemplo educacional interessante.
- Valorizar o trabalho manual repetitivo, muitas vezes ingrato, de certos funcionários responsáveis pela higiene é um projeto social que deveria chamar a atenção de todos os Municípios preocupados com uma vida social colectiva, o mais harmoniosa possível, valorizando as tarefas mais banais.
- O desafio da seca crónica da nossa região devido às mudanças climáticas, dá origem a um projecto inovador e promissor no nível nacional: comercializar um material “reservatório” para a recuperação de águas pluviais de Inverno e Primavera para utilização ulterior da água durante os períodos estivais de seca (recuperação de água da chuva de casas, prédios, edifícios municipais, etc. em reservatórios de grande capacidade, permitindo um uso racional de hidratação das terras secas). Sem um programa inteligente para colectar e armazenar águas perdidas, vamos direito para períodos cada vez mais severos de seca crónica que levam a um deserto permanente! Para a geração de crianças de hoje tornados adultos amanhã, é preciso agir agora, criar florestas resilientes de espécies locais, não mono-plantações de espécies de crescimento rápido muito incertas.
__________
- Suscitar jornadas-cidadãs adequadamente divulgadas (1) junto à população local para – juntos – plantar árvores, sebes contra vento, permitindo a presença de microclimas que impedem a inevitável desertificação quando a natureza é abandonada.
- Estabelecer hortas pedagógicas nas escolas primárias, a fim de gerar atitudes responsáveis na vida cotidiana das crianças que permanecerão quando os jovens se tornarem adultos.
Escolher, por exemplo, um ano, 2 aldeias do Concelho para criar uma horta, 2 outras aldeias no ano seguinte… depois de obter o acordo de um “animador bio” experiente nesta actividade.
Evidentemente, não se pode fazer tudo ao mesmo tempo. Cada ano escolher uma temática a previlegiar / priorizar, a que parece mais urgente a concretizar para o bem de todos.
Não há mudança colectiva e individual sem pedagogia colectiva e individual.
Este deveria ser sem dúvida o primeiro orçamento dos Estados, das Regiões, das Municipalidades, em vez de prever orçamentos, crescentes sem parar, de limpeza, de despoluição para conseguir um mínimo de higiene, a uma correcção das incivilidades cidadãs, da delinquência societal que levam a um PLANETA – CAIXOTE DE LIXO em todos os sectores da vida colectiva.
Um doloroso questionamento
Um questionamento da população chegou aos nossos ouvidos em várias ocasiões nos últimos meses … Quantos conselheiros municipais visitarão os idosos sozinhos nas aldeias do seu Concelho, isolados em sua casa ou tristemente abandonados em uma casa para idosos da sua aldeia?
Durante o período de confinamento, tivemos o eco de pessoas sem “visitas telefónicas” tristemente solitárias em seu isolamento mortífero.
Foi chocante saber que as autoridades eleitas raramente ouvem os nossos anciãos. Um abandono societal reflete uma sociedade em involução.
É um questionamento que surge neste período de isolamento dos mais frágil e vulnerável, da sociedades humana da qual fazemos parte e para a qual devemos prestar atenção.
(1) um pequeno anúncio discreto no site dos Municípios é totalmente ineficaz para informar e motivar a população para a ação de cidadania. Outros métodos devem ser encontrados. Quais?
- veículo municipal equipado com alto-falante que informa o público?
- convite por escrito do Conselho Municipal aos seus administrados para irem a um tal local para tal ação cívica (convite nas caixas de correio dos residentes)??
Give a Reply
Tem de iniciar a sessão para publicar um comentário.